Dentro da paixão, pode haver espaço para a razão?

A relação entre paixão e fanatismo, sempre foi uma questão complicada no mundo do futebol. Guerras entre torcidas organizadas ao longo dos anos, sempre marcam, quem acompanha o esporte mais popular no mundo.


Os recentes acontecimentos entre as torcidas de Vasco e Atlético- PR em Dezembro de 2013, mostram que a violência no futebol ainda é profundamente enraizada na nossa cultura. O principal motivador é justamente essa paixão exacerbada que misturada ao álcool ou a outras drogas entorpecentes, comina em grandes tragédias em nossa sociedade como um todo, não apenas no futebol. Recentemente, um advogado entrou com uma liminar na justiça derrubando o decreto que proibia a venda e consumo de bebidas alcóolicas nos arredores, e dentro dos estádios de futebol.

Infelizmente a legislação não prende os responsáveis por cenas lamentáveis como as daquele fatídico jogo em Joinville que nos deixara aterrorizados com tamanha selvageria. Se os nossos governantes estivessem mais interessados no bem estar das famílias que vão aos estádios e consomem futebol, teríamos melhoras nos índices de violência. Não basta punir essas “torcidas” por seis meses ou um ano, ou punir os clubes com perda de pontos ou com portões fechados, é preciso que se faça um levantamento mais profundo nessas quadrilhas, que usam o futebol como pano de fundo para promover essas práticas lamentáveis.

O estatuto do torcedor raramente é cumprido em sua totalidade, isto é, em todas as suas regras, e quem perde com isso? É fácil responder. É o Brasil meus amigos, sim, o Brasil perde com tudo isso, pois fica mais evidente ainda a nossa incapacidade de tomar decisões severas quanto a esses casos, porque existem muito interesses em jogo, todos nós sabemos que os clubes financiam as “organizadas” para terem apoio político e “paz” em momentos de crise.

Oficialmente, 42 torcedores foram presos, e dois chefes de torcidas organizadas, entre elas o presidente da força jovem do Vasco. Mas aí eu te pergunto leitor, será que daqui a seis meses ou menos, esses marginais estarão na rua? Fica difícil de acreditar que fique muito tempo, até porque nosso código penal é ultrapassado.

É preciso que governos e sociedade sejam pesados na balança do certo e do errado, afinal, um é responsabilidade do outro e vice-versa, tanto o governo é responsável por seus governados, como o povo é responsável por eleger seus governantes. Todos tem o dever de buscar uma solução, apenas reclamar brevemente não resolve ainda mais no futebol que é um esporte culturalmente em que tudo (ou quase tudo) termina em “pizza” assim como nossa política.

Só lhes deixo apenas uma pergunta: - “Dentro da paixão, pode haver espaço para razão?”.

Forte abraço!!!


Bruno Godinho

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