Atualmente a responsabilidade das categorias de base vai muito além de desenvolver atletas e lançá-los no mercado de trabalho. Existe uma real preocupação com a criança em idade escolar nas escolinhas quanto ao incentivo à continuidade de seus estudos até o ensino médio, com a intenção de mostrar que a carreira de atleta é muito curta e que nem sempre os mesmos irão conseguir se estabelecer na carreira esportiva à beira dos gramados em uma comissão técnica.
Outro ponto importante é a socialização do atleta, tentar mantê-lo em um convívio harmônico com a sua equipe, na base no respeito aos seus colegas, adversários e seus comandantes e o cuidado com o seu material de treinamento. A formação de uma equipe multidisciplinar envolverá desde o nutricionista com noções da prática de uma alimentação balanceada de acordo com a faixa etária do atleta e seu treinamento, ao preparador físico extremamente competente, não apenas no preparo físico propriamente dito, mas sempre levando em consideração a idade do atleta e sua fase de desenvolvimento, fortalecendo-o, evitando lesões precoces e fraturas por estresse.
Envolve o fisioterapeuta bem preparado juntamente com o tratamento médico, permitindo uma recuperação mais rápida, evitando que o atleta fique muito tempo na inatividade, sem treinamentos, o que pode ocasionar um “abalo emocional” em ver que seus colegas estão em competição e o mesmo não pode participar dos campeonatos por estar lesionado. No quesito psicológico a necessidade plena de um profissional da área para oferecer um suporte àqueles que sofrem por estarem privados de uma família estruturada , quando, infelizmente, procuram nas drogas a solução de seus problemas.
Caminhando ao final, o último ponto ainda no quesito psicológico a se levantar é preparar bem o jovem, que deixa cedo sua pátria para jogar no exterior, sem família, amigos, morando muitas vezes sozinho, na ausência de sua língua mãe e pressionado a viver com atletas no meio de uma cultura que não é sua, possivelmente sendo muitas vezes discriminados por seus colegas de equipe principalmente quando representa a minoria de estrangeiros nela.
Todos esses fatores devem ser levados em conta na formação de futuros profissionais do esporte, casos opostos aparecerão na mídia histórias de jogadores envolvidos em confusões e escândalos, às vezes destruindo carreiras de atletas de uma fora irreversível, tudo por falta de um trabalho bem elaborado nas categorias de base. A base é tudo, uma estrutura perfeita: não produz apenas atletas de qualidade, mas sim “campeões da vida”.
Matéria escrita por
Patrícia Deud
Curta a nossa página no Face! https://www.facebook.com/opiniaosportclubebrasil








