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| Flamengo se complica na Libertadores (Foto: AP) |
O jogo desta quarta quarta-feira era crucial para os
objetivos do Flamengo na Libertadores e principalmente para o primeiro
semestre, o jogo era revestido de muita importância e era encarado pela torcida
como uma verdadeira decisão. Mas como uma falha humana pode interferir em um
projeto?
O jogo na altitude de La Paz a
3.600 metros de altitude era decisivo para as pretensões rubro-negras nessa Taça
Libertadores, para não depender de resultados e encaminhar uma classificação
mais tranquila para as oitavas. Mas como futebol é surpreendente, o time
dirigido por Jayme de Almeida seria golpeado com dureza logo no início de
partida.
Empurrado por aproximadamente
35 mil pessoas, o modesto time do Bolívar jogava em casa no estádio Hernando
Silles e tinha a seu favor o gramado molhado e a altitude, logo no começo do
jogo Ferreira deu um chute perigoso de fora da área e assustou o goleiro Felipe,
mas não era a hora, não. Era apenas um aviso.
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| Gol logo no começo abateu o rubro-negro (Foto: EFE) |
Logo aos três minutos da etapa
inicial a bola estava na defesa do Flamengo e estava tudo tranquilo, o time
rubro-negro tinha quatro defensores (Wallace, Samir, Léo Moura e André Santos),
a bola tinha sido recuada por Wallace para Samir, o jovem zagueiro rubro-negro
tinha a redonda sob controle, até que, um descuido fatal causou um escorregão e
do escorregão nasceu o pênalti aos três minutos da etapa inicial.
O árbitro Mário Diaz de Vivar
(URU) marcou o pênalti e foi mesmo, após o escorregão fatal, Samir calça
Ferreira, o atacante uruguaio cai e o seu compatriota marca, Arce foi o
incumbido de bater a penalidade, e a fez com êxito, desferindo um poderoso chute
no centro do gol, enquanto Felipe caía para o lado esquerdo.
Todo projeto tem seus riscos,
mas apenas um erro pode por tudo a perder? Creio que não.
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| Léo Moura pouco atacou no jogo (Foto: AFP) |
O Flamengo parecia sentir a
falta de ar, devido à altitude, o time não evoluía com fluência e sempre perdia
nas disputas na corrida, uma vez que o time de La Paz tirava proveito do ar
rarefeito. O
Flamengo jogava ou pelo menos tentava jogar, insistia no erro do
time boliviano, mas pouco pressionou e pouco conseguiu fazer.
Carlos Eduardo como sempre
apático, o meia rubro-negro não fez absolutamente nada tirando o bom passe para
Paulinho, mas isso eu conto no segundo tempo.
O intervalo veio e Jayme
decidiu fazer algumas alterações, tirou o polivalente Gabriel (o que confesso
que não entendi) e colocou Paulinho pra cair pelas pontas do campo e marcar a
saída dos laterais do Bolívar, Paulinho até entrou bem, mas o pessoal da defesa
estava querendo complicar as coisas, Felipe foi o homem do jogo, as defesas
difíceis que o goleiro fez, certamente teriam evitado uma goleada no alto do
morro.
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| Everton divide com González e sofre falta (Foto: AFP) |
O Flamengo voltou até mais
conciso, mas ainda pecava muito errando muitos passes, nem o time da casa
conseguia acertar, e o Flamengo foi ganhando campo, levou perigo aos treze
minutos do segundo tempo, após boa trama de Carlos Eduardo (aliás, a única dele
no jogo) o meia rubro-negro achou Paulinho livre e deu um passe primoroso, o
atacante rubro-negro tinha a opção de passar para Hernane que fechava na grande
área livre, mas optou por chutar em gol e parar na defesa do goleiro boliviano.
Era tudo ou nada, o Flamengo
precisava fazer o resultado e tentava com Muralha, Paulinho, Everton, mas foi
Lucas Mugni que protagonizou o lance de maior perigo de gol rubro-negro, o meia
argentino entrou no lugar de Carlos Eduardo e mudou o jogo, o Flamengo
atacava melhor e dava mais perigo, até que aos trinta e sete da etapa final,
Mugni recebeu lateral cobrado por Everton, matou no peito e deu dois dribles
fazendo embaixadinhas na área adversária e emendou com perigo no canto de
Quiñonez, mas o goleiro operou uma grande defesa.
Alecssandro entrou no lugar de
André Santos, mas de nada adiantou, o atacante rubro-negro não conseguiu fazer
nada, era tarde demais. Fim de papo, Bolívar 1 x 0 Flamengo.
Opinião: A Taça Libertadores é
um campeonato onde tudo se pode e nada se pune, pelo menos para os times
Sul-americanos, foi pênalti sim, mas achei o árbitro Mário Diaz de Vivar muito
preciso em alguns lances, mas completamente perdido nas interpretações de lei
da vantagem. Como falei no começo, como uma falha humana pode influenciar em
um projeto? No caso do Flamengo, o projeto Libertadores está ameaçado, o time
ocupa a lanterna do grupo e ainda joga fora de casa contra o Emelec no Equador
e nem adianta culpar o jovem Samir, ele não foi o único responsável pela
derrota, o time todo jogou muito mal e o treinador mexeu tarde demais na
equipe. Meus amigos, todo projeto tem um "cabeça", o cara que
desenvolve, tem o cara que colabora e tem o que executa e o cara que
"pensou" em manter a equipe dois dias em Santa Cruz dela Cierra,
pensou errado. A preparação do time foi feita de forma amadora, o time no
mínimo deveria ter ficado de cinco dias a uma semana em La Paz, isso mesmo.
Tabela da libertadores: Grupo 7
1 - León: pts 7
2 - Emelec: pts 6
3 - Bolívar: pts 5
4- Flamengo: pts 4
Forte Abraço!!!
Bruno Godinho
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