Flamengo bate o Brasil de Pelotas e avança para a próxima fase da Copa do Brasil

A partida entre Flamengo e Brasil de Pelotas poderia ter reservado mais emoção, poderia. Em uma quarta de Maracanã quase vazio o Flamengo teve dificuldades para vencer o modesto Brasil de Pelotas e se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil.

Flamengo vence a forte marcação do Brasil de Pelotas (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

O jogo começou bastante estudado, sem muita inspiração o Flamengo teve a posse de bola nos primeiros 15 minutos de jogo, mas sem objetividade. Tudo jogava a favor do Flamengo, até os números. A última derrota do Rubro-Negro na Copa do Brasil em casa foi na final contra o Santo André em 2004, são 11 anos de invencibilidade do Flamengo no Maracanã. Ao todo são 16 vitórias e 1 empate nesta que é uma das maiores invencibilidades do torneio.

Pouco inspirado, o Flamengo descia sem muita força pelo lado direito, Pará mesmo vigoroso na marcação, ainda não conseguiu encontrar um equilíbrio entre atacar e defender. Faltava mais fluência no jogo. Até que então o Rubro-Negro Carioca começou a descer pelo lado esquerdo com Anderson Pico.

Marcelo Cirino mesmo não estando em uma noite tecnicamente boa conseguiu desempenhar bem o seu papel, embora não tenha se movimentado tanto assim. Foi o jogador mais incisivo pelo lado esquerdo.

A forte marcação do Brasil de Pelotas fez com que o Flamengo recuasse, tocasse a bola, gastasse o tempo. Mas o time Gaúcho era aguerrido na marcação e perigoso quando tinha uma brecha. Em lance duvidoso, Felipe Garcia dá um chapéu e rola na medida para Alex Amado que chuta cruzado e a boa resvala na mão de Bressan. Lance normal ou penalidade máxima? Para o arbitro, lance normal.

Talvez o lance de mais perigo foi o de Marcelo Cirino. O atacante arranca pela esquerda e chuta cruzado, o goleiro Eduardo Martini faz boa defesa. O primeiro tempo termina com uma posse de bola de 69% do Flamengo, contra 31% do Brasil. O resultado de 0 a 0 classificaria o Flamengo.

O segundo tempo começa e com ele a classificação seria selada.

Ambas as equipes voltaram à campo do jeito que começaram o jogo, mas o segundo tempo começa logo com uma "pixotada" de Rafael Foster. O defensor cobra lateral diretamente pra fora! Pelo menos foi o único lance interessante nos primeiros 10 minutos.

Passados 11 minutos de jogo, a partida começa a esquentar. Após boa tabela de Anderson Pico e Marcelo Cirino que rola para Gabriel, o meia-atacante adentra a área e chuta fraco para a defesa do goleiro Eduardo Martini. Aos 14 minutos, a mudança que mudaria o jogo acontece.

Depois de 7 meses parado, Paulinho entra no lugar de Alecsandro que mal participa do jogo. O Flamengo melhora e começa a se lançar mais ao ataque, já o Brasil se expõe e começa a dar brechas ao time Carioca. Logo de cara, Paulinho recebe pela esquerda e pelada, Galiardo "apela" e acerta Paulinho, falta para o Flamengo. Gabriel cobra a falta que sem perigo algum, vai para fora aos 17 do segundo tempo.

Paulinho marca novamente e começa a ganhar confiança (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

A posse de bola quase não muda, o Flamengo detinha 67% contra 33% do Brasil. O Flamengo volta a "gastar" a bola e em uma jogada improvável, Marcelo Cirino chuta de fora da área, mas a bola vai fraca para as mãos de Eduardo Martini. Então Vanderlei Luxemburgo lança Eduardo da Silva aos 24, essa seria outra mudança que mudaria o jogo.

Saiu Gabriel para a sua entrada. Pouco tempo depois, o Flamengo consegue contra-ataque veloz pelo lado esquerdo, Paulinho desce em velocidade e corta pro meio, chuta e a bola desvia no zagueiro e trai Eduardo Martini. 1 a 0 Flamengo.

Aos 28 o Brasil de Pelotas muda, sai Felipe Garcia e entra Cleiton, mas de nada adianta. O time do interior Gaúcho continua sem transição de bola e abrindo cada vez mais espaços. Com Paulinho, o time do Flamengo melhora e muito de produção, se comparado ao primeiro tempo.

Para o Flamengo, apenas um gol era um resultado perigoso, pois se o Brasil marcasse dois levaria para as penalidades. O time Carioca começa a trocar passes no campo de ataque, bola pra um lado, bola para o outro e Paulinho continua sendo o jogador mais incisivo do Flamengo.

Eduardo da Silva continua sendo o Talismã Rubro-Negro (Foto: Wagner Meier/lance!Press)

Talvez o lance de maior perigo do Brasil em todo jogo seja o chute de Nena. O atacante Pelotense arrisca de fora da área e obriga Paulo Victor a fazer boa defesa aos 44 da etapa final. Até que em um contra-ataque, o Flamengo mata o jogo. No último esforço, Marcelo Cirino arranca pela esquerda, ganha na corrida do zagueiro e cruza rasteiro na medida para Eduardo da Silva, que bem colocado dentro da área, só ter o trabalho de desviar e marcar o gol da classificação Rubro-Negra. Flamengo 2 x 0 Brasil de Pelotas.

Com a classificação para a segunda fase, o Flamengo espera o seu adversário que sairá do vencedor do confronto entre Salgueiro-PE x Piauí.





Matéria de Bruno Godinho