Depois
de falarmos sobre a Juventus, será a vez de analisarmos o time do momento. O
Barcelona.
No próximo sábado, dia 06/06,
teremos a final da UEFA Champions League (ou Liga dos Campeões da Europa), que
irá reunir dois gigantes do futebol mundial, Barcelona e Juventus. O time
espanhol vive um momento exuberante, mas como o título será decidido em um
jogo, tudo pode acontecer.
Na semana que precede o jogo,
vários portais lançam guias bem detalhados dos times e dos jogadores, com dados
técnicos e táticos. Este guia também falará dos times e de cada jogador, mas
sem nenhum dado frio, mas sim percepções e análises do colunista, que
acompanhou toda a temporada de ambas as equipes. Depois de destrincharmos a
Juve, agora é a vez da máquina catalã.
BARCELONA:
Títulos
na temporada: Campeonato Espanhol e Copa do Rei da Espanha. Time Base: Ter
Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Rakitic e
Iniesta; Neymar, Messi e Suárez. Técnico: Luis Enrique.
Ter Stegen. O jovem goleiro
alemão revezou a posição de titular com o chileno Bravo. Enquanto ele se
destacou e foi muito bem na Chapions e também na Copa do Rei, o sulamericano
garantiu a meta na liga espanhola. É inexperiente, mas mostra muito reflexo e
talento. Nota na temporada: 8,0.
Daniel Alves. É claro que o
seu auge já passou e esta inclusive é a última temporada dele no time espanhol.
Mas é inegável o seu poder de decisão. Tem muita qualidade ofensiva e seu
entrosamento com Messi é impressionante. O que tem de técnico tem de mau gosto
para escolher roupas e penteados. Além de não ser nenhum primor defensivamente.
Nota na temporada: 7,0.
Piqué. O zagueirão espanhol
destoa tecnicamente da maioria dos defensores. Principalmente se comparado à
dupla de zaga da Juventus. O que pode ser bom e ruim. Muitos na Europa reclamam
de sua falta de pegada. Mas cá entre nós, quem precisa de pegada quando se joga
ao lado de um leão argentino? Nota na temporada: 8,5.
Mascherano. Volante de origem
encontrou sua posição na zaga. Poucos jogadores no planeta tem tanta raça
quanto o argentino. Não desiste de uma bola e seu aproveitamento nos desarmes é
impressionante. Depois da Copa do Mundo quase perfeita no Brasil, vive uma fase
esplêndida. Só tem que tomar cuidado nos carrinhos, pois na Copa ele teve uma
das contusões mais bizarras da História, ao ferir uma área onde o Sol não bate.
Nota na temporada: 9,0.
Jordi Alba. O lateral esquerdo
espanhol veio do Valência assumindo a posição há duas temporadas. Decidia jogos
no ataque e não dava espaços na defesa. A fase, porém, não é das melhores. O
defensor tem falhado em demasia na defesa e não conseguiu impor-se tanto no
ataque, como em anos anteriores. É o titular que vive pior fase. Nota na temporada: 6,5.
Busquets. Alto, forte,
técnico, habilidoso e um dos melhores jogadores, taticamente falando, do Mundo.
Chega a ser injusto sempre falarem de Xavi e Iniesta e quase nunca de Sergio
Busquets. Um dos jogadores mais constantes da Europa e que fez com que o Barça
de desfizesse de Yaya Touré e transformasse Mascherano em zagueiro. Um dos
melhores volantes da atualidade. Nota na temporada: 8,7.
Rakitic. Dono do Sevilla,
campeão da Liga Europa do ano passado, o meio campista croata veio para o Barça
com a ingrata missão de ser o substituto do capitão e craque Xavi. Obviamente
não tem o mesmo nível do espanhol, mas mostrou muita segurança e qualidade em
quase toda a temporada. Não é um gênio, como seu antecessor, mas foi e será
muito útil na final. Nota na temporada: 8,0.
Iniesta. A idade chega e o
físico reclama. Mas a cabeça continua impressionante. Andrés Iniesta é um dos
melhores jogadores da história do futebol. Inteligentíssimo, dinâmico,
habilidoso, genial! Mesmo não estando em sua plenitude física, pode resolver
qualquer jogo, contra qualquer equipe e em qualquer circunstância. É um craque
que temos o privilégio de ver jogar. Nota na temporada: 9,2.
Neymar. Cada vez mais adaptado
à Europa e, principalmente, ao Barcelona. Nesta temporada alcançou o ápice do
entrosamento em um trio de ataque que já é tido por muitos como o melhor da
história. Sua irresponsabilidade dá gosto. Assim como fazia Garrincha, qualquer
marcador vira João. É caneta, é chapéu, é lambreta, o repertório do craque
brasileiro parece não ter fim. Se estiver em uma noite inspirada é quase
impossível de ser parado. Nota na temporada: 9,5.
Messi. Extraterrestre. O
camisa 10 argentino não é humano e a cada dia prova mais isso. Quando está em
um dia mediano ele garante qualquer resultado com um passe genial ou com um gol
simples. Se estiver em um dia bom, acabou! Podem reunir a seleção do Mundo. O time
pode ter 25 jogadores, 6 goleiros, 10 zagueiros. Não adianta! Se ele estiver em
um bom dia ele faz o que quer com qualquer ser humano que ouse parar em sua
frente e coloca a bola aonde bem entender. Não tem jeito! Ele definitivamente
não é igual a nenhum outro, ele é muito superior. Os italianos têm que torcer
muito para ele não estar em um bom dia, depois disso que devem se preocupar com
os outros geniais humanos do time. Nota na temporada: 10.
Suárez. El Pistoleiro está
demais. A temporada 2014/15 serviu para ele provar que o Barça pode sim ter um
centro avante. Desde que ele seja extremamente raçudo, sem perder a qualidade
técnica. A raça que faltou nas frustradas tentativas com Henry, Ibrahimovic e
Villa, sobra no uruguaio. Se não tiver vontade de morder ninguém, pode ser
outro a resolver a partida com um único toque. Talvez somente ele e Tévez,
consigam aliar tremenda técnica com tanta gana e vontade. O duelo será
extremamente interessante. Nota na temporada: 9,5.
A Juventus tem em Pirlo, Pogba
e Tévez, três jogadores que podem decidir a qualquer momento. Em contrapartida
o Barça tem Iniesta, Neymar, Messi e Suárez. 4 a 3. Mas como dito
anteriormente, a final será em apenas 1 jogo e tudo pode acontecer. Que a
partida seja esplendorosa, assim como o futebol apresentado pelas duas equipes.
Por Mateus Gori