Flu descarta punição e aposta em acolhimento para satisfazer Walter

Walter não gostou de ficar no banco de reservas
(Foto: Leandro Martins/Agência Estado)
O diferente deve ser tratado de forma desigual. É assim, usando uma célebre frase do filósofo Aristóteles, que a direção e os jogadores do Fluminense tratam da momentânea insatisfação de Walter. A reclamação por ter ficado no banco na vitória sobre o Palmeiras não merecerá punição dos chefes. E vai gerar acolhimento extra por parte dos colegas. 



Walter, realmente, é único. Enquanto todos circulavam pelo vestiário e zona mista do Pacamebu felizes pelo quarto triunfo sob comando de Cristóvão Borges e a liderança momentânea no Brasileirão, a ponto de pararem para bater fotos e dar autógrafos a torcedores, o camisa 18 estava de cara fechada. Foi o primeiro a entrar no ônibus que levaria a delegação ao aeroporto para retornar ao Rio. Era a reação à frase que destoou em um ambiente tranquilo e esperançoso em alcançar sucesso:   - O treinador tinha mais uma alteração para fazer e não fez. Saio daqui p... Se continuar assim, vou conversar com a diretoria, resolver minha situação e jogar em outro clube.   

- Qualquer problema que venhamos a ter vamos resolver internamente. Importante é que o Fluminense foi bem e abre uma perspectiva muito boa para a temporada.  

Acontece que Walter passou a ganhar outro tipo de tratamento. Titular e xodó com Renato Gaúcho, o atacante, agora, é mais um no elenco. A atenção extra dada pelo antigo treinador, especialmente no processo de perda de peso, no qual emagreceu 16kg, não existe mais. Nada, porém, que o faça ficar triste, na opinião de Ricardo Tenório, vice de futebol:   

- Nenhum jogador fica satisfeito com a reserva, isso é normal, o Walter está muito bem ambientado, tem contrato de dois anos, está feliz, outro dia disse que queria ficar mais tempo. Isso não passa de uma insatisfação do momento. Não, não existe punição. Walter é um doce de pessoa, um sujeito bacana que o grupo acolheu. Ele é emocional.   

Ser emocional é algo marcante na carreira dele. Na época de Inter, insatisfeito com a reserva, se trancou em casa, em Porto Alegre, e só voltou a treinar após uma semana. Rafael Sobis, que o conhece desde a época do Colorado, fez uma frase interessante sobre o tema.   

- Ele é menino, vou conversar com ele e sei que não fez por maldade. O Walter é um grande jogador e estava ansioso para querer mostrar. É aprendizado, algo normal. Mostrou que quer jogar. Não vai ficar ruim o clima, ele é um menino do bem e muito querido por todo o grupo. Pode ter certeza de que não foi por maldade – analisou o camisa 23.

Walter terá o domingo e a segunda-feira de folga, assim como todo o grupo, para descansar. Voltará a trabalhar na terça. Com o retrospecto de reserva de luxo, afinal, tem sete gols em 14 jogos

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