Em segundo tempo arrasador, Flamengo vence o Palmeiras de virada no Maracanã!

Alecsandro dança para comemorar segundo gol
(Foto: André Durão/globoesporte.com)
A partida da tarde no Maracanã parecia ser mais um jogo de opostos, mas se mostrou o jogo dos contrastes. Dois times gigantes do futebol vivendo uma espécie de inferno pessoal, um vivia a seca de vitórias e o outro vivia com a perda do seu maior artilheiro na temporada.



Quem foi ao Maracanã não esperava por um jogo tão eletrizante e "bom" tecnicamente. Ambos os times começaram a partida no acelerador, era um jogo movimentado. O Palmeiras começou melhor e já foi logo ao ataque, buscou mais o gol e logo no começo deu as cartas com Wesley chutando de fora aos 3 minutos da etapa inicial.


Logo após o chute o Flamengo tentou esboçar uma resposta, mas errava passes e cedia os contra-ataques para o Palmeiras, que sabia muito bem aproveitá-los. 4 minutos depois Valdívia lança Leandro que é derrubado por André Santos, o pênalti não é marcado e os jogadores alviverdes ficam inconformados.

Mas a fragilidade da defesa do Flamengo mostraria suas faces e tão cedo saiu o gol Palmeirense. Após bom passe de Valdívia, Leandro briga com Samir e ganha, rola para trás e Wesley emenda de primeira e coloca o Palmeiras em vantagem aos 10 minutos de bola rolando. 1 a 0.


Wallace disputa com Lúcio, mas o impedimento
estava marcado
(Foto: Getty imagens)
O gol assustou o Flamengo, que passou a sair pro jogo, aos 12 Negueba cruza, Alecsandro se enrola com o zagueiro Marcelo Oliveira e Fernando Prass corta com a coxa. Pouco tempo depois o goleiro Palmeirense sentiu o cotovelo do braço direito e fora substituído por Bruno. A marcação do Palmeiras era eficiente, pelo menos até os 13 minutos, quando o Flamengo chegou com velocidade pela direita, Nixon passou por Juninho e cruzou para trás, Alecsandro desviou de maneira sutil e Paulinho completamente livre bate com força no meio do gol, quase um pênalti e marca, Flamengo 1 Palmeiras também 1.

O Flamengo passou a equilibrar as ações, mas não conseguia concluir em gol e a falta de poder ofensivo deu mais animo ao Palmeiras, que passou a voltar a agredir o Fla. Dadas às circunstâncias o Palmeiras voltou a jogar melhor e aos 30 minutos da etapa inicial ampliou após grande jogada coletiva, Leandro rolou para trás e Valdívia tocou sutilmente para Henrique (ex-Portuguesa) que chutou no contra pé de Felipe e vencendo o arqueiro rubro-negro. 2 a 1 Palmeiras.

Depois do gol o time de Gilson Kleina passou a mandar mais ainda no jogo e colocar a pressão no Flamengo que jogava mal, o time até teve boas investidas com Negueba pela esquerda e Nixon e Paulinho, mas tocava e tocava, mas não concluía em gol. O tempo se esgotou e fim do primeiro tempo chegou.

Com o intervalo, Jayme de Almeida se via pressionado, não tinha muitas opções, mas talvez nem ele mesmo tivesse se dado conta de que seu trunfo vestia a 10, mas estava no banco. E a atuação do Flamengo no primeiro tempo foi fiel ao discurso de Wallace no fim do primeiro tempo para uma emissora de TV a cabo.

- "Para ser politicamente correto, eu diria que está tudo bem e que estamos jogando dentro da nossa proposta, mas não está tudo bem, não estamos jogando bem." - Concluindo o defensor Flamenguista.


Márcio Araújo marca contra ex-clube
(Foto: Cléber Mendes/lance!press)
A etapa final começa, mas o Flamengo não é o mesmo do primeiro tempo (literalmente e em todos os sentidos), o time volta à campo com Lucas Mugni no lugar de Nixon que não rendeu o esperado. A postura do time mudou completamente e a equipe voltou mais confiante, Mugni entrou como um maestro regente de uma orquestra e logo tratou de dar luxo e refinamento ao clássico Rio-São Paulo.


De um lateral despretensioso a uma "jogadaça" do Argentino de Colón, um gol em apenas quatro toques. Lateral cobrado de Paulinho pela esquerda, Mugni domina e toca com enorme categoria de calcanhar, André Santos faz o facão e passa próximo a linha de fundo, cruza para Alecsandro que toca em direção à Márcio Araújo, o camisa 8 caindo empurra para o fundo das redes aos 4 minutos da etapa final, 2 a 2.

O jogo começa a ficar franco com o empate, ambas as equipes jogam para frente, o Palmeiras sentiu o gol é verdade e o Flamengo passou a dominar as ações. Com o empate logo no começo, o que se via era um ataque contra defesa, o Flamengo tinha paciência e tentava abrir a defesa Palmeirense, mas Lúcio e Marcelo Oliveira iam bem na cobertura, pois é, iam... 

Em apenas 14 minutos o Flamengo virou o jogo, o gol da virada nasceu de uma pintura de lençol de Alecsandro em Serginho, "Alecgol" toca para Mugni que recebe, levanta a cabeça e vê seu companheiro adentrar a zaga alviverde e lança uma bola que parecia ser lançada com as mãos, não fosse tamanha a precisão dos pés. Resultado, gol de Alecsandro, vira-vira virou. 3 a 2 Flamengo.

Após o gol, a defesa do Palmeiras se desestabilizou e passou a jogar de maneira "louca", mas incrivelmente o Flamengo passou a recuar, os espaços apareceram e surgiram boas oportunidades, Valdívia, Leandro e Wesley tentaram, mas falharam diante de Felipe. O tempo passava e o jogo não se definia, apesar do aparente desespero do Palmeiras.

O golpe de misericórdia veio aos 27 da etapa final, Wallace saiu fazendo fila e tocou para Alecsandro que adentrou a área Palmeirense e sem dó fuzilou para o fundo da rede, 4 a 2 Flamengo, depois disso Samir ainda teve uma boa chance, mas desperdiçou chutando acima da meta. Fim de papo, Flamengo de virada 4, Palmeiras 2. 

Opinião: O jogo no Maracanã foi um bom jogo, o que é raro de se ver em começo de campeonato, foi um jogo de tirar o fôlego, 6 gols em um dos maiores clássicos interestaduais do Brasil. O mérito dessa vitória do Flamengo muito em peso se deu a três fatores: As alterações de Jayme de Almeida, o posicionamento tático da equipe na etapa final e a técnica de Lucas Mugni. Essas três combinações deram um resultado acima do esperado e até com certa justiça. O Flamengo foi mais time que o Palmeiras na etapa final, talvez se o Palmeiras tivesse mantido o nível do primeiro tempo, certamente teria vencido ou no pior dos casos empatado. Flamengo e Palmeiras são duas equipes opostas e muito distintas, como falei no começo da matéria, um buscava encerrar o jejum de vitórias e o outro tentava esquecer a crise devido à perda de um jogador, melhor para o Flamengo que se focou num objetivo maior e venceu com sobras. Azar do Palmeiras que ficou perdido taticamente no segundo tempo, parecia um time de "zumbis" como em famoso seriado de TV americano. As perguntas que ficam, são: "Será que o Flamengo que vimos hoje, será o mesmo do Fla-Flu? E o Palmeiras, vai superar a perda de Kardec?". Só o tempo dirá!

Forte abraço!!!

Bruno Godinho

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