Futebol de quarta: CB, Libertadores e o novo técnico do Flu

A noite de quarta-feira não teve tantos jogos bons quanto a da semana passada, quando tivemos bons jogos pelas oitavas da Libertadores, mas houve alguns jogos importantes.

Bota arranca empate no fim: Figueira 2x2 Bota (FOTO:globo.com)
Figueirense e Botafogo mediram forças no sul pela 3ª fase da Copa do Brasil. No primeiro tempo, o time de Argel, que chegou a ser cotado como novo treinador dos tricolores (gaúcho e carioca), começou melhor, dominando o jogo e pressionando. Terminou o primeiro tempo em vantagem e ampliou logo no início do segundo tempo. Daí para frente, passou a apostar nos contra ataques, esperando a equipe carioca em seu próprio campo. O Botafogo aproveitou esta postura e o cansaço do Figueira, e conseguiu empatar nos últimos minutos. Com isso conseguiu um bom resultado para a próxima partida no RJ. Além disso, o resultado de certa forma foi justo, pois além do Figueirense recuar demais, ainda contou com uma pixotada daquelas da zaga do Glorioso no segundo gol. Agora, o Botafogo precisa apenas de um empate sem gols ou em 1 a 1 para passar de fase. Figueirense precisa vencer ou empatar o jogo fazendo três ou mais gols. Caso repita o placar em 2 a 2, o classificado será conhecido nos pênaltis. Mas vale destacar que a prioridade do alvinegro carioca ainda é a série B. Chegando na Copa do Brasil, ótimo; mas a obrigação é voltar a série A.


Vasco empata mais uma: Vasco 0x0 Cuiabá (FOTO:oglobo.globo.com)
O Vasco jogou contra o Cuiabá em São Januário enquanto o Internacional disputava as quartas de final pela Libertadores contra o Santa Fé. Por isso, minhas atenções ficaram divididas ontem. O que pude notar foi que o Internacional apresentou-se bem organizado em campo de maneira geral, e deu azar no final, quando já contava com o empate sem gols. Perdeu de 1 a 0, e agora terá um duelo interessante no jogo de volta, quando precisará buscar a vitória a todo custo no Beira -Rio (lotado certamente). Por outro lado, a equipe vascaína fez um jogo preguiçoso, e sonolento até, para quem assistia. Talvez por possuir a vantagem do empate em 0 a 0. Teve algumas chances ao longo da partida, perdendo um pênalti ainda (Luan desperdiçou). No final, ainda contou com a boa defesa de Martin Silva para que a noite em São Januário não fosse trágica. No resumo da obra, passou novamente em branco, sem marcar e saiu muito vaiado pela torcida presente. Concordo com Doriva, que o ponto positivo é que a equipe não está sofrendo gols, mas é necessário começar a balançar as redes. Mesmo porque o Vasco ainda não enfrentou os grandes adversários do campeonato brasileiro, quando ai sim a defesa será bem testada.


Eurico afirma que Vasco briga pelo título. (FOTO:televideoteca.com.br)
Outro ponto interessante foi a "chamada" que Dagoberto e Doriva tomaram do presidente Eurico Miranda. De forma bem resumida: Dagoberto falou que o Vasco não briga pelo título neste campeonato brasileiro. Essa teoria foi confirmada pelo técnico Doriva, de forma mais sútil, concordou com o atacante, e com a opinião da maioria das pessoas que acompanham o futebol brasileiro. Eurico, contrariado, concedeu uma entrevista coletiva afirmando que o Vasco luta e sempre lutará pelo título em qualquer competição que participe. Até aí, tudo bem. Acho válido o discurso. O problema foi a sequência, quando afirmou que nenhum atleta, funcionário ou dirigente pode ter opinião contrária a dele. Obviamente, após o jogo de ontem, refizeram a pergunta para o Dagoberto e para o Doriva. Dagoberto até que se saiu bem, falando que é cedo para avaliar. Já Doriva ficou totalmente constrangido em ter que rever sua opinião publicamente por ordens superiores. Enfim, talvez seja mais fácil não entrevistar o técnico nem os jogadores nas coletivas, mas sim o presidente do Vasco, já que ele fala por todos. Bola fora, a meu ver, do Eurico Miranda. Dizer que vai brigar pelo título sempre, até em torneio de botão, ok. Mas exigir que todos compactuem com suas teorias não cabe nos dias atuais. Poderia até pedir para o Dagoberto não ser tão radical, para não desanimar o grupo, a torcida etc; mas não agir da forma que agiu.


Michel Simone tentando explicar a troca de comando do Flu. (FOTO:odia.ig.com.br)
Agora vamos à troca-troca tricolor. Saiu Drubscky, entrou Enderson (de novo). Primeiro o diretor executivo do Fluminense, Fernando Simone, que havia bancado o Ricardo na contratação, aparentou estar muito desconfortável com a situação tricolor ao longo da coletiva que deu na tarde de ontem. Falou muito, mas disse pouco. Repetiu algumas vezes que o "próximo treinador seria escolhido pensando no melhor para o clube" e que "não haveria pressa na escolha". Não soube, e nem tentou também, explicar o erro (evidente) de planejamento cometido na escolha do Drubscky. Deixou claro que não foram só os resultados que contribuíram para sua demissão. Ou seja, que problemas "internos" (provavelmente com jogadores) haviam chegado no limite ou não tinham mais solução. Jean deixou claro sua insatisfação quanto ao seu novo posicionamento em campo, certamente Wagner não devia estar satisfeito por estar no banco, as vezes não era nem a segunda opção, visto que no jogo contra o Joinville, o jovem Robert entrou bem antes do camisa 10 tricolor, e Fred, que supostamente, também já possuía divergências com o técnico. Ah, além da torcida que desde o início não aprovou a mudança.


Drubscky comandando atividade. (FOTO:flunews.com.br)
 Bom quanto ao Fred, muito se fala do "poder" que ele possui nas decisões da direção do clube: a chegada de Drubscky teria sido aprovada por ele antes, a saída de Drubscky também, e por fim a contratação de Enderson também teria sido encomendada por Fred. Não sei até aonde vai a influência do camisa nove na diretoria (certamente não é nula), mas não sei se é tão grande como dizem por aí. Mas o fato é que os três, Drubscky, Fred e Enderson são assessorados por Francis Mello, dando assim lenha para as (até então) teorias de conspiração. Espero que Enderson, já conhecido por muitos no clube, consiga fazer um bom trabalho e permaneça mais tempo. Certo é que planejamento não tem sido o forte do Fluminense. Disse que não haveria pressa na escolha mas em menos de 24 horas já anunciaram Enderson. Eu, pessoalmente, considerava até que o Fernando Simone talvez pegasse a mesma barca de Drubcsky, mas permaneceu. Participou da escolha do novo treinador e agora, que continue trabalhando junto à direção para manter os vencimentos dos atletas e funcionários em dia.


Por Ronie Attayde


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