Não perca a conta: sete treinadores demitidos em 6 rodadas

Já são 7 os técnicos demitidos no Campeonato Brasileiro. (FOTO:noticias.universia.com.br)

E mais um treinador foi demitido. Dessa vez foi o Palmeiras que decidiu desligar o Oswaldo de Oliveira. Além dele, entraram para o hall dos demitidos neste Campeonato Brasileiro, Felipão (Grêmio), Ricardo Drubscky (Fluminense), Luxemburgo (Flamengo), Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Hemerson Maria (Joinville) e Marquinhos Santos (Coritiba).


Novamente, achava que a troca de comando não era o melhor caminho a ser seguido, desta vez pelo Palmeiras. Acredito que houve uma grande reformulação no elenco paulista, que por sinal fez um bom estadual, chegando até a final. Apoiava a manutenção de Oswaldo de Oliveira. Permitindo assim, que pudesse comandar a equipe por mais tempo para então avaliar a performance da equipe.

Considerando o momento atual, que o Palmeiras está a procura de um treinador, as informações apontam que o substituto será o Marcelo Oliveira. Excelente escolha, porém é necessário fornecer tempo ao futuro treinador, que já mostrou sua competência.

Pessoalmente acho este ponto deveria ser debatido e mudado, aproveitando essa "onda" de mudanças da CBF, presença do bom senso, etc. Necessário avaliar a possibilidade de fixar a quantidade de times que um treinador pode trabalhar no campeonato, ou limitar a troca de comando por parte dos clubes, enfim, algo que sirva para dar maior estabilidade aos treinadores. Do jeito que está, quando a torcida pressiona (por questões políticas as vezes), quando a oposição da diretoria se movimenta, ou até mesmo quando os jogadores passam a não render mais como antes, acaba sobrando para os treinadores. Talvez, se houvesse algo que impossibilitasse ou dificultasse a mudança, todos "agentes" desses movimentos (oposição, torcida, jogadores etc) pensariam duas vezes antes de pedir a cabeça do treinador.


E o Vasco continua navegando na sua crise. Com sérias dificuldades em marcar gols e em pontuar em casa, caiu diante do Atlético Paranaense lá no Sul. Resultado previsível até, considerando o futebol jogado pelas duas equipes e pela colocação na tabela de classificação. Ao longo da semana, parte da torcida organizada foi cobrar os jogadores em São Januário, diretoria afastou Bernardo por polêmicas extra campo, desligou Marcinho e Douglas Silva. Acho que Doriva é um sério candidato a aumentar essa contagem de treinadores demitidos nas próximas semanas. Próximo adversário é o Cruzeiro, que vem subindo na tabela após a chegada de Luxemburgo.

No Flamengo, finalmente Cristóvão terá uma semana cheia para poder conhecer melhor seus jogadores e treinar seu time. Não terá grandes resultados em apenas uma semana, mas certamente é um bom momento para aprimorar a equipe e corrigir erros, ainda mais considerando a calmaria instalada após a primeira vitória no campeonato, obtida contra a Chapecoense no último final de semana.


O tricolor das Laranjeiras voltou a ser o time sem ambição, eu diria, pela vitória. Contentou-se com um ponto jogando em casa, desperdiçando uma boa chance de ultrapassar o Sport e alcançar o G4. Esse é um dos principais problemas do time: demonstra, com frequência, uma certa apatia, conformidade com a perda de pontos, jogando por jogar, etc.


O Botafogo segue seu caminho tranquilo rumo a série A e ao título da segunda divisão. Não que seu time seja uma primor de qualidade, mas está bem acima dos demais concorrentes do campeonato.

E o que foi a "sabatina" do Del Nero, presidente da CBF, na câmara dos deputados em Brasília? Destaque para a manutenção do horário das partidas, que segundo ele, atendendo a pedidos, há a possibilidade de mudar o horário das partidas durante a semana, das 22 horas para 21:40. VINTE minutos mais cedo? Isso é mudança significativa para o torcedor? Atender os pedidos seria alterar os jogos para começarem no máximo até as 21 horas!  Mas tem que respeitar o horário da novela. Era melhor nem ter citado isso como um benefício futuro.


Por Ronie Attayde