No episódio de
hoje, da série de reportagens "Craques da Copa" vamos conhecer a
carreira de um dos maiores craques do futebol Holandês. Arjen Robben, nascido
em 23 de janeiro de 1984, começou sua carreira no
modesto Groningen da Holanda.
Robben daria seus primeiros chutes e passes perfeitos no pequeno clube da
Holanda, Robben se tornaria tão cedo, uma das maiores promessas da Holanda, uma
vez que a seleção que outrora ficara conhecida como a "Laranja
Mecânica" devido a sua impetuosidade, e vigor para vencer seus
adversários.
Em 1988 o pequeno Robben não chegou a ver a seleção Holandesa que fizera grande campanha na Eurocopa daquele ano, mas o menino que tinha em seu destino ser genial parecia saber desde cedo o que queria para sua vida. Robben quando começou a ter sua ascensão nas categorias de base do Groningen, já chamara a atenção da mídia, afinal Robben era o candidato a ser o novo Johan Cruyff.
"Robben está pronto para uma carreira fabulosa. Ele sabe que eu espero muito dele, mas tenho certeza de que vai corresponder a todas as minhas expectativas" - Declarou Cruyff.
O PSV pagou 4, 2 milhões de euros pelo passe da jovem estrela do futebol Holandês, mas Robben ainda não estava pronto. O jovem talentoso não conseguiu demonstrar suas habilidades no começo no poderoso
PSV, e fora
emprestado para o mesmo Groningen, daí, veio à volta por cima.
Depois de fazer uma grande campanha no Chelsea, Robben
desperta o interesse de outro gigante do velho continente, o Real Madri. Em 22 de
Agosto de 2007, o Real apresenta o meia holandês após ter pago 36 milhões de
Euros por Robben que chega ao time Merengue com a promessa de grandes atuações,
mas nada disso se concretizou, pelo menos no início. Novamente as lesões
atrapalharam Robben, que ficou por diversas vezes no departamento médico do
time Merengue e por várias vezes ficava no banco do Real, mas com a saída de
Robinho, o Robben teria a chance de mais uma vez, dar a volta por cima.
Com a transferência de Robinho, Robben teve mais espaço no time espanhol e começou a se destacar com mais frequência, apesar de seu histórico de lesões e de jamais ter conseguido jogar mais de quatro partidas consecutivas, Robben mesmo assim foi comparado muitas vezes com Messi, ídolo do maior rival, o Barcelona. Robben começou a sentir mais uma vez o gosto de estar entre os melhores novamente.
De 2008 até os dias atuais, Robben vem mostrando que não é mais incógnita, e sim realidade e a passagem pelo Real Madri lhe abriu portas e o levou a respirar novos ares. Em 28 de Agosto de 2009, Robben deixa o Real devido as poucas oportunidades oriundas de suas constantes lesões, seu destino seria o Bayern de Munique, clube que o meia holandês defende até hoje.
Era visível o abatimento de Robben após a penalidade convertida por Dorgba, Robben estava totalmente vencido, mas a derrota serviu não para derruba-lo, mas sim, para dar forças.
No ano seguinte, 2013, Robben novamente estava em
excelente forma física e técnica. Peça chave do time alemão, Robben foi
decisivo em muitas partidas, principalmente na semifinal diante do poderoso
Barcelona de Lionel Messi. Com uma vitória arrasadora sobre o Barça por 4 a 0,
Robben marcou um belo gol, após fazer fila na zaga do Barça o meia holandês
tocou na saída de Valdés. Na grande final Robben estava predestinado a fazer
história. Com um gol e uma assistência, Robben reescreveu seu nome no futebol
mundial, e tirou a fama de não ser um jogador decisivo e marcou o gol do título
em cima do rival alemão.
Pela seleção da Holanda,
Robben disputou seu primeiro torneio internacional na Euro 2004, o treinador na
época Dick Advocaat, convocou jovens jogadores como Wesley Sneijder, John
Heitinga e o próprio Robben. Na partida de estreia na competição contra a
República Tcheca, Robben estava fazendo uma grande partida, mas foi substituído
aos 15 minutos do segundo tempo. Curiosamente, a Holanda perdeu de virada
aquela partida, o que levou a questionamentos da decisão de substituir Robben,
mas a seleção holandesa iria chegar até as quartas-de-final, onde enfrentaria a
Suécia.
Com o empate em 0 a 0 no tempo
normal e na prorrogação, os holandeses e suecos tiveram de decidir na
prorrogação, quem iria a semifinal enfrentar a anfitriã, Portugal. Após a
penalidade desperdiçada por Olof Mellberg, coube a Robben marcar o gol da
classificação holandesa. Durante a semifinal, a Holanda seria eliminada por
Portugal pelo placar de 2 a 1.
Durante a copa de 2006 na
Alemanha, Robben e Sneijder eram as grandes esperanças da Holanda, mas foi Robben
quem brilhou nos primeiros jogos, e durante a partida contra a Costa do Marfim,
Robben marcou um gol aos 18 minutos da primeira etapa e se tornou o homem do
jogo naquela oportunidade. A seleção holandesa ainda tinha em seu grupo a
Argentina, e no jogo mais esperado do grupo, as duas seleções ficaram no morno
0 a 0.
Na fase seguinte, a Holanda
foi eliminada de forma precoce pela seleção de Portugal, a mesma que a eliminou
na semifinal da Euro 2004. A seleção de Portugal tinha uma das melhores
campanhas, já que se classificara com 100% de aproveitamento, Maniche fez o gol
da classificação, Robben teve uma atuação apagada na partida.
Na Euro 2008, nova chance de
Robben se redimir, e novo fracasso. Comandados por Marco Van Basten, a seleção
holandesa alterou seu estilo de jogo, e passou a jogar no 4-2-3-1 e com isso, Robben passou a ficar
no banco de reservas. Com uma linha de frente bastante ofensiva, Robben ficou
como "reserva de luxo" de Wesley Sneijder, e quando este cansava,
entrava Robben para fazer a mesma função. Durante a fase de grupos, a Holanda
pegou a França, que era uma das favoritas ao título, mas a Holanda deu um
"chocolate", vencendo por 4 a 1 com um golaço de Robben, que conduziu
a bola do meio campo, saiu driblando todo mundo e colocou no barbante francês.
A
seleção holandesa ainda venceria a Itália, que naquela época era a atual campeã
mundial. Mas a cruzada holandesa acabou na segunda fase, quando a Rússia cruzou
o caminho da Holanda, e novamente a Holanda foi eliminada precocemente.
Comandada por Andrey Arshavin, a seleção russa venceu por 3 a 1 a seleção
holandesa.
A
copa de 2010 era a chance de Robben mostrar que poderia ser decisivo, e foi até
certo ponto. Sob o comando de Bert van Marwijk, a seleção holandesa
começou sua caminhada na copa com desconfiança, muitos jornalistas da época
diziam que a Holanda iria decepcionar, mas para a surpresa de todos a Holanda
fez uma excelente copa, e chegaria até a decisão. Mesmo lesionado, Robben foi
convocado, mas este era dúvida após ter se lesionado de maneira "pitoresca"
ao tentar dar um passe de calcanhar e machucar um dos tendões. No grupo H a
seleção da Holanda tinha como rivais as seleções de Camarões, Japão e
Dinamarca.
Mas Robben só estrearia na
terceira partida, contra a seleção de Camarões. Robben jogou aproximadamente 74
minutos sob forte marcação da seleção camaronesa, mas nada pode deter a
"Laranja Mecânica", Robben participou da jogada que originou o gol da
vitória por 2 a 1 fazendo um pelo lançamento. Nas Oitavas-de-final, Robben
enfrentou a seleção da Eslováquia e marcou um dos 2 gols na vitória apertada
por 2 a 1 diante dos eslovacos.
Na partida contra o Brasil nas
quartas-de-final, Robben teve uma atuação discreta, apesar de ter participado
dos dois gols de Wesley Sneijder na vitória de virada sobre o Brasil com o
placar de 2 a 1. Certamente, a cena mais curiosa da copa, foi o pisão de Felipe
Melo em Robben, com o destempero, o defensor brasileiro foi expulso. Na
semifinal diante do Uruguai, Robben teve excelente atuação e marcou o terceiro e
decisivo gol na vitória sobre a Celeste Olímpica por 3 a 2.
E chega a decisão. Espanha e
Holanda fizeram talvez, a decisão mais dramática das últimas 5 Copas do Mundo,
Foi uma decisão bastante parelha, mas novamente a Holanda ficou com o vice a
exemplo das copas de 74 e 78, quando foi derrotada por Alemanha e Argentina.
Robben teve a chance de consagrar-se com a camisa laranja, mas o meia
desperdiçou uma chance cara a cara com Iker Casillas e coube a Iniesta marcar o
gol do título da seleção espanhola na prorrogação. Além de ser o nome do jogo,
Iniesta não só acabou de vez com as esperanças de título de Robben, que teve
uma atuação apagada, mas também manteve o fantasma holandês de sempre amarelar
em decisões.
Meus amigos, Robben sem dúvida
é a maior revelação do futebol holandês depois de Johan Cruyff, mas infelizmente Robben não consegue ser decisivo atuando
pela seleção holandesa. É bem verdade que Robben tem esse estigma de ser quase
campeão, assim como a sua seleção, mas o fato é que Robben talvez seja um dos
últimos remanescente daquele futebol arte. Robben deve ser respeitado e
reverenciado, pois sem dúvida ele será um dos craques dessa copa!
Forte abraço!
Bruno Godinho
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