Quantas vezes esse grito já foi ouvido nos estádios? Quantas vezes a torcida palmeirense já saudou Evair, o Matador? Quantas alegrias ele já deu a torcida que canta e vibra? Incontáveis vezes. Um dos maiores camisas 9 que o Palmeiras já viu jogar, se não for o maior.
Ontem, dia 21 de fevereiro, Evair festejou 50 anos de idade. Meio século de existência e o ilustre cidadão de Crisólia teve uma trajetória admirável no futebol. São vários títulos, convocações à seleção brasileira, e principalmente a idolatria de uma torcida que é extremamente exigente, mas que ainda hoje, mesmo após 15 anos de seu último jogo oficial pelo Palmeiras, canta o nome do Matador.
Evair começou a sua carreira jogando como meio-campo nas categorias de base do Guarani, se destacou na base e foi promovido ao profissional em 1984, quando passou do meio de campo para o ataque e o gol se tornou seu grande amigo. Em 1986, disputou pela artilharia do campeonato Brasileiro com Careca, do São Paulo, perdendo por um gol. Em 1987 foi campeão pan-americano pelo Brasil, artilheiro do Paulista e transferido para a Atalanta, Itália.
Em 1991, Evair decidiu voltar ao Brasil, onde escolheu o Palmeiras. Seu início não foi fácil, chegou por uma troca com Careca Bianchesi - que foi um dos destaques do time -, e foi rotulado pela mídia como "bichado" e "mau negócio" da diretoria alviverde. O Palmeiras já estava em um longo jejum, desde 1976 não conquistou nenhum título e a pressão da torcida era imensa.
Em 1992, o técnico Nelsinho Baptista afastou Evair alegando "deficiência técnica". O ambiente era difícil, mas Evair aceitou a situação e ficou tranando separado durante 5 meses. Foi no final do ano que a Parmalat chegou e mudou a vida do matador. Com a chegada da multinacional, chegou também o treinador Otacílio Gonçalves, que reintegrou Evair ao elenco do Palmeiras.
1993. Fim do jejum. Início da lenda. Esse foi o nome que recebeu o livro dedicado ao momento mais importante de Evair para a torcida palmeirense e para o próprio Evair. Do seu início complicado e nada fácil à sua redenção, diante do maior rival, comandado pelo mesmo que o afastou dos gramados, respirou fundo, deu passos largos e de cabeça alta bateu no canto esquerdo. Palmeiras campeão Paulista de 1993. 4 a 0 em cima do maior rival. O fim de quase 17 anos de jejum. Ídolo. Lenda. Matador.
Em 1995 Evair foi para o Japão. Voltou para o Brasil em 1997 para o Atlético-MG, passou pelo Vasco, Portuguesa e enfim retornou ao Palmeiras. Na final da Copa Libertadores, foi ele o autor do primeiro gol da vitória do Palmeiras sobre o Deportivo Cali, e mais uma vez de pênalti.
Evair ainda jogou no São Paulo, Goiás, Coritiba e Figueirense, até 2003, onde encerrou a sua carreira. Pelo Palmeiras, o matador fez 245 jogos: 137 vitórias, 53 empates, 55 derrotas e 127 gols. Evair já comandou o Vila Nova, Anápolis, Crac, Itumbiara, Uberlândia e River-PI. Seu sonho é um dia chegar a treinar o Verdão.
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Uma pequena homenagem que deixo aqui, principalmente em meu nome. Nunca escondi o time que amo, mas faço meu trabalho com imparcialidade e, acredito que venho fazendo isso bem. Hoje abro uma exceção, para deixar aqui o meu muito obrigado a esse cara, que além de ídolo, é uma maravilhosa pessoa. Feliz aniversário, matador! O Aniversário é seu, mas o presente quem ganhou fomos nós, dia 12 de junho de 1993, o dia da paixão palmeirense. Seremos eternamente gratos. EO EO EVAIR É O TERROR!!
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*Alguns dados foram retirados da homenagem feita pelo site oficial do Palmeiras ao Evair.
Matéria feita por Marisa Aziliero.