Estamos chegando perto do fim, mas a lista dos TOP's fica cada vez mais disputada. Hoje é a vez dos meias e dói o coração deixar tanto gênio de fora, mas só cabem cinco na lista. O domínio brasileiro na posição também é notório e vamos lembrar um pouco dessas feras.
Como humilhar a Seleção Brasileira duas vezes e ainda ser idolatrado por todos os brasileiros? A história começou em 1989 pelo pequeno Cannes, time da cidade do cinema francês sempre lutava por meio, fim de tabela, mas liderados por Zidane, conquistaram o quinto lugar no Campeonato Francês em 1991-1992, conquistando sua melhor campanha na elite e conquistando o direito de participar pela primeira e única vez de um torneio continental, a Copa UEFA da temporada seguinte. Em 92, Zizou foi para o Bordeaux, campeão da Intertoto em 95, as boas atuações que deram o vice-campeonato da Copa da UEFA em 1996, perdendo pro Bayern de Munique na final, levaram o francês até a Juventus depois da Euro de 96. Em cinco temporadas, Zidane foi duas vezes o melhor do mundo, bi-campeão italiano e outros títulos menores, mas faltava algo, mesmo campeão de tudo pela Seleção Francesa com o título mundial em 98 e da Euro em 2000, Zizou perdera duas finais seguidas de Champions em 97 pro Borussia Dortmund e em 98 para o Real Madrid. Seria em 2001, que justamente pelo o Real, Zidane assinaria e iniciaria a 'Era dos Galáticos'. Foram cinco anos pelos merengues, sendo três deles mágicos e dois finais relativamente irregulares. Campeão da Champions, da La Liga, Intercontinental, mais um melhor do mundo e o canto do cisne na Copa de 2006, Zidane foi sem dúvidas um dos melhores de todos os tempos. Um dos deuses do futebol, não era artilheiro e nem tinha uma média grande de assistências, mas comandava um meio-campo como ninguém e era decisivo, marcando três gols em duas finais de Copa do Mundo e decidindo com um gol antológico uma final de Champions League. Classudo, elegante e genial, esse foi Zinedine Yazid Zidane.
"Olha o que ele fez, olha o que ele fez!" - Como não lembrar do êxtase de Galvão Bueno depois do golaço de Ronaldinho Gaúcho contra a Venezuela na Copa América de 1999? Para os fãs mais assíduos de futebol, Ronaldinho já era conhecido pelo título do Mundial Sub-17 em 1997 e pelos dribles desconcertantes no Mundial Sub-20 do mesmo 99. Revelado pelo Grêmio em 98, virou ídolo logo no ano seguinte sendo artilheiro e decidindo o título gaúcho contra o Internacional com um drible desconcertante em cima do capitão do tetra, Dunga. Depois ajudou o Grêmio no título da Copa Sul no mesmo ano, era a afirmação do jovem meia. Foi Bola de Prata em 2000 e seu destaque no tricolor gaúcho chamou a atenção do PSG que em transação bastante polêmica, levou o jogador para Paris e logo de cara viu seu time ser um dos campeões da Copa Intertoto. Após duas temporadas boas, mas cheias de confusão, Ronaldinho se transferiu em 2003 para o Barcelona, graças as atuações da Copa do Mundo onde foi campeão no ano anterior. Cinco temporadas, dois melhores do mundo, uma Champions, dois títulos espanhóis e duas Supercopas Espanholas, Ronaldinho deu anos mágicos na Catalunha, mas sua vida noturna acabou empurrando o ídolo para fora dos Blaugranas e o Milan o contratou em 2008. Lances geniais e irregularidade foi o que marcou o gaúcho em Milão. Em dois anos e meio, Ronaldinho não conquistou títulos, mas ajudou a equipe a sempre se manter pelo menos conquistando as vagas de Champions. Em 2011, decide voltar ao Brasil, o Grêmio anuncia sua volta, prepara a festa, leva caixas de som e tudo, mas o jogador acaba indo para o Flamengo. Em um pouco mais de um ano, Ronaldinho não valeu o dinheiro gasto e apesar de algumas grandes atuações, ficou mais falado pela vida extra-campo do que pela bola jogada. Em 2012, conseguiu a anulação de seu contrato na justiça por falta de pagamentos e assinou com o Atlético-MG, foi lá que Ronaldinho Gaúcho deu seus últimos shows, conquistou o prêmio de melhor jogador das Américas em 2012, a Libertadores em 2013 e o prêmio de melhor jogador da competição, e virou um dos maiores ídolos do Galo Mineiro. Saiu em 2014, depois de não repetir as atuações dos anos anteriores. Atualmente vem jogando no Querétaro. Na modesta equipe do México, o gaúcho sempre aparece em polêmicas devido as festas e em lances plásticos. No auge, era mágico, habilidoso, mortal, dono de lances que pareciam impossíveis, para alguns o futebol mais bonito já visto, para outros pura firula, para mim, genial.
3-Rivaldo (Brasil)
Revelado pelo Santa Cruz no início dos anos 90, Rivaldo começou a se destacar na Copa São Paulo de 92, tanto que logo após o torneio ficou no estado e foi contratado pelo Mogi Mirim. Ao lado de Válber, foi campeão da Série A-2 do Paulistão fazendo ali um time histórico do futebol paulista, o Carrossel Caipira. Em 1993, foi emprestado ao Corinthians e conseguiu seu destaque, no Brasileiro, jogando como atacante iria para a Bola de Prata e seria pela primeira vez convocado para a Seleção Brasileira, marcando gol logo na estréia contra o México. Ao fim do empréstimo, o rival Palmeiras contratou o pernambucano no meio de 1994. Foram 97 jogos e 78 gols já jogando no meio-campo, sendo campeão brasileiro em 94 e novamente sendo Bola de Prata e campeão paulista em 1996, fazendo parte do ataque dos 100 gols. Após, a desapontante medalha de bronze nos Jogos Olímpicos em 96, Rivaldo foi contratado pelo Deportivo La Coruña da Espanha. A emergente equipe conseguiu comandada pelo brasileiro, ser terceira colocada e a classificação para a Copa da UEFA em 97. O destaque do pernambucano e a saída de Ronaldo para a Internazionale, fizeram Rivaldo se transferiu para o Barcelona naquele ano. Logo de cara, Rivaldo decidiria o título da Supercopa Européia contra o Borussia Dortmund, ainda ganharia duas La Ligas e uma Copa do Rei pelos catalães, individualmente viveria seu auge, ganharia a Copa do Mundo em 2002 e faria parte das Seleções das Copas de 98 e 2002. Seria o melhor do mundo em 99, artilheiro e melhor jogador da Copa América em 99 e artilheiro da Champions de 2000. Depois da Copa de 2002, Rivaldo se transferiu para o Milan. Daí para frente, o jogador nunca mais foi o mesmo, nunca se firmou em Milão, depois de um ano e meio na Itália, voltou para o Brasil para jogar no Cruzeiro em 2004. Passou dois meses na equipe mineira e jogaria apenas 10 jogos, marcando 2 gols. Entre 2004 e 2014, Rivaldo rodou muito, foi por três temporadas ídolos no Olympiacos da Grécia onde foi tri-campeão grego e duas vezes melhor jogador do campeonato. Depois foi pro rival AEK Atenas onde perdeu o título na última rodada. Em 2008, foi para Bunyodkor do Uzbequistão onde foi tri-campeão uzbeque e artilheiro do campeonato em 2009. Em 2011, jogou pelo São Paulo e em 2012, o Girabola (Campeonato Angolano) pelo Kabuscorp. Voltou para o Brasil em 2013, quando jogou a Série B pelo São Caetano e sem destaque foi pro Mogi Mirim, clube o qual era presidente e se aposentou em 2014. Rivaldo tinha uma ótima técnica, rápido e de perna esquerda mortal, o que o pernambucano fez entre 93 e 2002, foi lindo de se ver.
4-Pavel Nedved (República Checa)
Garanto que foi fácil escolher os dois primeiros, a partir daqui foi difícil, foi muito por gosto pessoal e deixei vários jogadores imortais e que caberiam muito fácil em qualquer TOP 5 de fora. Quando Nedved começou a carreira, ainda existiu a Checoslováquia e foi pelo Dukla Praga, que já não existia há dezenove anos que ele começou a carreira em 1991. Rapidamente, conquistou seu espaço e destaque, depois de uma temporada, ele já estava na maior equipe do país, o Sparta Praga em 1992. Foram quatro temporadas, conquisto o último campeonato da Checoslováquia dissolvida em 93, e depois ganhou dois títulos checos. Sua primeira participação na Seleção Checa foi em 94, jogou por ela até a Copa de 2006. Disputando uma Copa do Mundo, três Euros e uma Copa das Confederações. Com atuações de gala e comandando a República Checa até a final da Euro de 96, tirando a Itália de Maldini, a Rússia de Karpin, Portugal de Figo e a França de Zidane, Nedved foi contratado pela Lazio na janela de Verão. Foram cinco anos na equipe da capital, conquistou sete títulos, entre eles o Calcio em 2000, a Supercopa e a Recopa Européia em 99. Se transferiu em 2001 para a Juventus e em Turim viveu seu auge. Foi logo de cara bi-campeão italiano e comandou a equipe até a final da Champions League em 2003. Mas o destino foi cruel e por uma falta boba, Nedved foi suspenso, perdeu a final e consequentemente o título e a chance de ser o melhor do mundo naquele ano pela FIFA, mas ganhou pelo menos a Bola de Ouro da France Football. Ficou na Juve até 2009 quando se aposentou com honras, mas sem a grande conquista da carreira. Técnico, com boa recomposição no meio-campo e de inteligência sem igual, Nedved deu azar de ter nascido em um país pequeno.
5-Kaká (Brasil)
Poxa, Kaká só em quinto? Mas e o Xavi? Iniesta? Lampard? Laudrup? Figo? Gente, entenderia todos eles em qualquer lista, mas na minha entra o Kaká. O candango começou com tudo, estreou no São Paulo em 2001 e foi vital para o título do Torneio Rio-São Paulo semanas depois, decidindo a final contra o Botafogo, quando ainda se chamava Cacá. No ano seguinte, ao lado de Fábio Simplício, Júlio Baptista e cia, levaria o São Paulo a ter a melhor camapanha do Brasileiro, mas acabaram caindo nas quartas-de-final para os Meninos da Vila do Santos. Campeão do Mundo, mesmo sem entrar em campo em 2002, Kaká começou a ser taxado pela torcida como amarelão, os títulos perdidos no fim, inclusive quando não jogava, como na final do Paulistão em 2003, deram o estimo ao meia. Em Julho daquele ano, se juntaria a Seleção Sub-23 que jogaria a Copa Ouro da Concacaf, junto com Diego, Maicon, Júlio Baptista e Robinho, seria vice-artilheiro e vice-campeão perdendo a final na prorrogação para o México. Dias depois, o Milan contrataria a jovem estrela brasileira. Em Milão, uma história de amor com a torcida, campeão de basicamente tudo em seis anos, Kaká saiu em 2009, como melhor do mundo dois anos antes. O Real Madrid contratava ele e Cristiano Ronaldo, os dois últimos melhores do mundo, querendo parar o Barcelona de Guardiola. Em quatro temporadas, Kaká nunca se firmou, viveu entre atuações irregulares e departamento médico, sendo devolvido ao Milan em 2013. Mesmo de volta "a casa", Kaká não foi nem de perto o jogador de sua primeira passagem, apesar de alguns bons jogos, acabou saindo ao fim da temporada. Assinou em Julho de 2014 com o Orlando City por três temporadas, mas como a equipe só iria começar a jogar em Fevereiro de 2015 pela Major League Soccer, Kaká foi emprestado ao São Paulo. No tricolor paulista, Kaká até teve boas atuações, mas com apenas 3 gols e atuações longe do esperado, o jogador não deixou muitas saudades. De vez no Orlando City, em uma liga mais fraca, Kaká voltou a se destacar, já são 3 gols em 3 partidas, e vai conquistando a torcida norte-americana. O brasileira teve seu auge encurtado pelas contusões, mas foi em seus anos de Milan, um meio-campo de fortes arrancadas, chutes potentes e de ótima movimentação.
Por Luca Laprovitera