Contrariando vários prognósticos, o Tricolor conseguiu terminar o turno no G4 e ainda vivo na luta pelo título.
“Sem a Unimed o Fluminense vai acabar!”, “Debandada geral nas Laranjeiras!”, “Candidato ao rebaixamento ou no máximo meio de tabela!”. O anúncio do fim da parceria com a empresa de planos de saúde gerou panoramas negativos em quase todos os comentaristas esportivos. Ledo engano. Seria viável que estes devolvessem suas bolas de cristal ou revissem seus dons paranormais. Acabou o primeiro turno, o Fluminense é o 4º colocado a 7 pontos do líder.
Quem precisa de patrocínio quando se tem inteligência em investimento na base? A Unimed saiu, muito em virtude de detrimentos de ideias com o presidente Peter Siemsen. Este que logo em sua apresentação afirmou que a maioria do investimento do clube seria destinada a Xerém. No ano da saída do patrocínio, duas revelações estouram, são vendidos para times do calibre de Chelsea e Roma, e o time arrecada 90 milhões de reais.
Alguém imaginou no início do ano que o Fluminense teria bala na agulha para contratar Osvaldo, Ronaldinho Gaúcho e Cícero? Nem eu!
O time começou voando e várias apostas da diretoria deram muito certo. Os desconhecidos Giovanni e Vinícius assumiram as vagas de titular e foram dos melhores em sua posição no campeonato (até se machucarem). Assim como Edson, que veio ano passado do São Bernardo. Dos vários reforços desconhecidos no início da temporada, frutos fortuitos foram moldados. Além da rápida lapidagem dos três prodígios de Xerém, Marlon, Kenedy e Gerson.
O time ficou envolvente e se firmou nos 4 primeiros lugares do campeonato, até a pausa para Copa. Kenedy foi vendido para o Chelsea, Wagner foi para Arábia e Gerson na iminência de sair para o Barcelona. E aí diretoria? Reposições virão?
Para Kenedy, Osvaldo. E para assumir a 10 do Wagner, RONALDINHO GAÚCHO!
E o melhor jogador do time no campeonato, Vinícius, machucou feio. Não vai vir ninguém não? Vem o Cícero de volta que agora temos condição de pagar!
Não teve jeito, Gerson foi vendido para a Roma... 42 milhões no caixa e ele no time até o final do campeonato. Que tal?
Venderam todas as promessas, não sobrou ninguém... Marlon é nosso xerife, Scarpa nosso coringa e Marcos Júnior nosso raçudo quebra galho. A e só pra lembrar, os melhores jogadores da Ponte Preta (Biro Biro) e do Bahia na segundona (Eduardo) são nossos também e voltam em 2016.
Um time desacreditado no início do ano começa extremamente bem, sofre várias baixas, se reestrutura no meio do campeonato e se mantém nas primeiras posições.
Parabéns Peter Siemsen, Mário Bittencourt e Fernando Simone! Não existe mais Unimed, agora aguentei o verdadeiro Fluminense Football Club!
Por Mateus Gori