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O tricolor Magno Alves sendo marcado pelo corinthiano Ralf. (Foto: André Mourão/Estadão Conteúdo) |
Um jogo de dar sono foi visto neste domingo no Maracanã. Tanto Fluminense quanto Corinthians não colaboraram nada para que houvesse um espetáculo melhor. Nem o retorno de Magno Alves ao Tricolor conseguiu mudar o quadro visto no campo. Enderson Moreira mal estreou e já tem muito trabalho a fazer, visando o clássico do próximo fim-de-semana, contra o Flamengo. Quem estava com insônia e foi assistir à partida, acabou tendo um sono tranquilo. Faltaram apenas camas, travesseiros e edredons para quem esteve no estádio poder dormir.
E falando no Rubro-Negro, outra derrota, desta vez para o Avaí. Na estreia de Pablo Armero, o destaque nos 2 a 1 para os catarinenses foi o gol ilegal que determinou o rumo do jogo. Anderson Lopes fez o cruzamento para o tento de Gabriel quando a bola já tinha saído na linha de fundo. E o auxiliar Anderson José de Moraes Coelho bancou o Mr. Magoo e não viu a situação. Resultado: depois de três rodadas, o Fla está na zona crítica do descenso. Está certo que estamos apenas em início de campeonato, mas "Seu Luxemburgo" vai ter que botar as barbas de molho. E ainda tem o compromisso contra o Náutico, pela Copa do Brasil, no meio de semana, na briga pelo passe às oitavas-de-final. (Atualização das 21:47: Não deu nem tempo! Luxa vazou da Gávea, após reunião com a diretoria. O auxiliar e ex-atacante Deivid, e o preparador físico Antonio Mello também estão para serem chutados do Rubro-Negro.)
Quanto ao Vasco, não perde, mas também não ganha. Depois de avançar para a Terceira Eliminatória da Copa do Brasil contra o Cuiabá empatando sem gols e jogando mal, o Cruzmaltino conseguiu... outro empate! Mas desta vez, depois de "mais de 20 anos", voltou a balançar a rede. Nilmar pôs o Internacional na frente, com direito até a reverência para a estátua de Romário. Mas Lucas salvou o pessoal da Colina de qualquer apuro. É o quinto empate seguido do Vasco na série atual. Não vence desde a final do Carioca. Alô, Doriva! Vai ter que dar uma chacoalhada no plantel aí, pois tem Atlético Mineiro pelo caminho na próxima rodada.
Em Brasília, o Botafogo fez a sua pior partida na temporada. Um empate sem gols contra o Atlético Goianiense que decepcionou muito. René Simões está certíssimo em dizer que o Alvinegro "não existiu" no primeiro tempo, melhorou no segundo, mas não sendo suficiente para vencer. Insisto: faltam um zagueiro para proteger lá atrás e um atacante para auxiliar (ou até suprir) Bill para ter condições absolutamente plenas de acesso.
O Macaé voltou a ser alegria: foi o único clube do Rio a vencer na rodada, ao bater o Oeste de Itápolis, na terça passada por 4 a 2. Marcelo Cabo começa a mostrar suas cartas no comando do alvianil. Os primeiros 45 minutos do Macaé foram perfeitos, com destaque para Pipico, que marcou dois gols. No segundo tempo, o time paulista equilibrou, mas os macaenses já tinham o jogo sob controle. Já falei em colunas anteriores e reafirmo: o Macaé vem forte para uma das vagas para o acesso à Série A. Visita o Luverdense no próximo sábado.
No Subúrbio, o Madureira tomou um tombo contra o Tombense e ficou no empate por 1 a 1. Trocadilhos infames a parte, o pessoal de Conselheiro Galvão não jogou bem, apesar de ter um bom plantel para a disputa da Série C. E deixou dois pontos pelo caminho que podem fazer falta lá na frente. Uma pena, mas o Madura ainda tem perspectivas de subida à Série B.
As vitórias do America sobre o Olaria por 3 a 2 na quarta, e contra o Barra da Tijuca por 2 a 1, que deixam o time rubro em ótima situação, como líder do Grupo B na Taça Corcovado (2º Turno do Carioca Série B), infelizmente ficam em segundo plano. Lamentável foi ter visto os incidentes na partida de quarta passada no Giulite Coutinho. Os brigões, ligados a torcidas organizadas dos grandes clubes do Rio, se infiltraram na plateia de America x Olaria para causar a desordem. Um elemento perdeu a mão direita, quando o rojão que segurava explodiu. E outro foi atingido no olho esquerdo pelos estilhaços do artefato. Mais essa: tais brigões (que JAMAIS podem ser chamados de torcedores), para não prejudicar seus clubes originais, resolvem botar pra fora seus instintos selvagens em partidas de clubes e campeonatos de menor expressão! Inacreditável! Nessa hora, a frase que o apresentador Francisco Barbosa proferiu no caso do assassinato da estudante Michelle de Moraes em 1999, caberia perfeitamente para a violência nas praças esportivas, que ocorrem há anos e afastam as famílias dos estádios. E é com ela que fecho a coluna de hoje, em caixa alta.
ATÉ QUANDO???
Por Diego Ramon (diegoramon.rj@gmail.com)
Por Diego Ramon (diegoramon.rj@gmail.com)