O Novo Maracanã custou caro ao Governo do Estado, que o cedeu à iniciativa privada. Que agora reclama de prejuízos.
Os direitos humanos não são referentes apenas a aspectos de segurança pública. São mais abrangentes. A ideia da Europa como espaço mais civilizado e que os demais povos tenham que seguir seus exemplos de saberes, conhecimentos, estilo de vida. Essa mentalidade global é aplicada regionalmente, como vemos entre a região sudeste e a nordeste no Brasil. O Sudeste muitas vezes busca estigmatizar os povos do Nordeste
E usando o tão propagado ‘legado’ dos megaeventos esportivos, muitos moradores de favelas estão sendo removidos do local em que viveram muitos anos de vida, por uma suposta revitalização da área, dado o alto custo de vida que passou a ter após as chegada de empresas, especulação imobiliária e a pacificação.Isso faz com que a favela que viu uma pessoa nascer e construir sua vida, não pertença mais àquela pessoa, causando uma remoção branca.
A cidade do Rio de Janeiro sendo usada pelo capital, e não por políticas públicas, é exemplo notórios. Basta ver as empreiteiras, como a OAS administrando o metrô, a Odebrecht administrando os trens, entre outros empreendimentos repassados para a iniciativa privada, como o Novo Maracanã.
Portanto, o legado dos megaeventos esportivos traduz o conceito de estigmatização que as elites e grandes corporações traçam do pobre, financiando assim econômica e politicamente sua sobrevida em algum lugar, mesmo que esse lugar não seja o de origem do povo.