Herói do tetra em 2010, Fabiano comemora título com jogador e o mascote Juba |
Mas não, isso não existiu, em oito partidas, o Fortaleza empatou seis e venceu duas, conseguiu ser eliminado de forma invicta ainda na Primeira Fase da Série C, após tomar um empate no fim do jogo contra o Águia em Marabá. Os vexames foram se repetindo ao passar dos anos, em 2012, perder o estadual com dois empates é até normal pro rival que vivia melhor momento, mas perder pro modesto Oeste de Itápolis em pleno Presidente Vargas, quando tinha a melhor campanha e dentro de casa, foi duro, um 3x1 cruel. No ano seguinte, perdendo vaga pra Campinense na semifinal do Nordestão com gol fora de casa, quase sacramentando a classificação ainda no primeiro jogo, quando aquele gol de Ricardo Maranhão aos 38 minutos do segundo tempo davam o suspiro necessário. Na Série C, 2x0 contra o Sampaio Corrêa, estádio lotado ao seu favor, classificado como líder e com jogador a mais, foram por espaço, com dois gols nos minutos finais, de líder para eliminado.
Em 2014, foi pior, o Fortaleza tinha perdido apenas três partidas em cinquenta e duas o ano inteiro, mas conseguiu empatar em 1x1 contra o pequeno Macaé em frente à mais de 60 mil pessoa no Castelão, e jogar mais uma vez o acesso no lixo. Mudou-se novamente diretoria, jogadores, mentalidade, o Fortaleza vence o Sport na Arena Castelão pela Copa do Nordeste, 1x0 e agora parece que finalmente vai. No jogo da volta, derrota e eliminação nos pênaltis, normal, em se tratar que o Sport era favorito e é o único clube do Nordeste na Primeira Divisão e o Fortaleza está desde 2010 no inferno da Terceira, não é?
Atacante Waldison chora a eliminação contra o Macaé na última Série C, em pleno Castelão |
Mas e a pergunta do artigo? O que falta ao Fortaleza? Difícil dizer. Algo dentro do Pici parece errado e tem de ser revisto, o problema passa de técnico para técnico, jogador para jogador, diretoria para diretoria. Me parece que sair da Série C é a principal questão hoje, eu vejo que tudo em volta de sair de lá prejudica o Fortaleza, que tudo remete e volta a isso, atrapalhando em clássicos, em outras competições, em quase todas as decisões, a Série C virou um fantasma eterno e tem de ser vencido, trabalhado e melhor visto por Marcelo Chamusca, porque se continuarem tratando toda decisão como algo a desafogar a crise que já dura seis anos, parece que jamais irão desafogá-la, porque a preocupação não deixa os jogadores entrarem tranquilos em campo.
Por Luca Laprovitera