E aí justiça brasileira?


Del Nero continua comandando o futebol brasileiro

A reportagem de Alejandro Rebossio publicada na última sexta-feira (04/09) no El País informa o seguinte:
‘’ A partida amistosa disputada na sexta-feira em Houston (EUA) entre as seleções da Argentina e da Bolívia foi acertada em uma prisão boliviana, em Santa Cruz de la Sierra. O tesoureiro da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Walter Zuleta, declarou em um artigo publicado na quinta-feira pela BBC que em 4 de agosto o então presidente da entidade, Carlos Chávez, assinou o contrato para a realização do encontro. Em 25 de agosto, a FBF destituiu Chávez do cargo, dois meses depois do estouro do escândalo de subornos da FIFA, na qual apareceu envolvido desde o começo, e um mês mais tarde foi preso. ‘’ (matéria completa no link: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/04/deportes/1441330671_097656.html)
Destaco esse trecho da reportagem e escrevo esse texto para indicar o quanto somos o país da impunidade. A federação boliviana destituiu o presidente após os escândalos na FIFA e a própria justiça boliviana prendeu o cartola enquanto o da federação brasileira continua lá comandando. Como uma entidade privada e pouca abertura para novos grupos aparecerem, esse fato (de não ser destituído do comando da CBF) não é tão alarmante acontecer na CBF; porém o fato de nada acontecer perante a justiça brasileira sim.
O Presidente Marco Polo Del Nero não viaja com medo de ser extraditado para os EUA. Ele arruma várias desculpas para não comparecer e não esteve presente em reunião que toda alta cúpula da FIFA esteve presente em Zurique. Na mesma Zurique fugiu as pressas para o Brasil (ou seria correto chamar país da impunidade?) no dia em que grandes cartolas do futebol foram presos ( incluindo seu vice José Maria Marín).
Diferentemente da justiça brasileira com Marco Polo Del Nero, a justiça boliviana cumpriu seu papel e um mês mais tarde após toda a corrupção na FIFA vir á tona, prendeu Carlos Chávez( presidente da federação boliviana de futebol) por suspeita de envolvimento em toda a corrupção que atingiu os cartolas do futebol após a operação do FBI.
A justiça boliviana não extraditou Carlos Chávez para os EUA (temor de Del Nero) e apenas investigou e aplicou a lei vigente boliviana e ela mesma prendeu o cartola, mostrando que visa cumprir a lei.
Já a justiça brasileira não fez o mesmo e o atual mandatário da CBF continua livre no país da impunidade, talvez com a consciência tranquila por saber que na nossa pátria amada ele não corre riscos nenhum de o jogo virar e passar a ter chances de ser punido no país.
Que a justiça boliviana continue dando esse belo exemplo para a justiça brasileira e mostre a ela que cumprir seu papel é de fundamental importância para o Brasil não continuar ser conhecido como o país da impunidade.

Carlos Chávez está preso na Bolívia

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