Para a torcida alvinegra, parecia que seria mais um daqueles anos sofridos, sem perspectiva nenhuma. Uma diretoria nova assumiu, cheia de caras novas, mas com um único sentimento e objetivo: Botar o ASA de onde ele nunca deveria ter saído, da elite do futebol brasileiro. O clube foi entregue cheio de dívidas e com patrocinadores em atraso, o que mostrava que não seria nada fácil, mesmo.
Para muitos, a primeira vitória conseguida por essa nova diretoria foi a permanência do técnico Vica para a temporada 2015, o que dava a tranquilidade de ter um técnico aceito por 99,9% da torcida, conhecedor do futebol nordestino e que esteve presente nas maiores conquistas recentes do alvinegro. O mais interessante é que das última conquistas do ASA, Vica só não esteve presente em 2012.
A temporada começou com uma vitória em amistoso diante do CSA, em Maceió. Com uma chuva de gols, o ASA venceu por 5 x 4, mas, no amistoso dias depois, desta vez em Arapiraca, foi goleado pelo mesmo CSA, pelo placar de 4 x 1, mostrando que não estava pronto para brigar pelo título.
Dias passaram, Vica modificou o time em algumas posições, o ASA estreou com um empate no calor de 50º (na sombra) de Santana do Ipanema e depois empatou em casa no "Clássico(?)" contra o CSE. Os resultados recentes faziam com que a torcida começasse a pegar no pé, fazendo jus à fama de "comedores de amendoim", expressão que é usada para denominar torcedores que vão ao estádio apenas para criticar. Mas ele, o mestre Vica, previu o que se sucederia depois, quando afirmou que após a primeira vitória, o time engrenaria e entraríamos numa sequência de jogos invictos. As rodadas se passaram, e o ASA que amargou a última posição em uma das rodadas, começou a encorpar, chegando atè a liderança na última rodada, garantindo vantagens na semi-final diante do Murici.
Com o "carrasco" Murici, o time de Arapiraca não precisou se utilizar da vantagem, já que venceu as duas partidas pelo mesmo placar, 2 x 0.
A final, diante do CSA, era considerada como a "prova real", já que cada time havia vencido uma, e um empate por um gol aconteceu na fase de grupos. em Maceió.
O primeiro jogo, novamente em Maceió, foi marcado por chances de ambos os times, mas o 0 x 0 persistiu e o jogo da volta, na tarde de ontem, em Arapiraca, definiria o campeão do primeiro turno, que teria vaga apenas na Copa do Brasil, e não na final do turno, como antes acontecia.
Agora, são 10 jogos sem conhecer o que é derrota em competições oficiais. A última foi no dia 4 de outubro do ano passado, quando perdeu por 3 x 2 do Fortaleza, na Arena Casterão, em Fortaleza.
Porém, já na quinta-feira, o ASA terá MAIS um duelo diante do CSA, agora pelo segundo turno, em Arapiraca. Este será o SEXTO confronto entre as duas equipes no ano.
Sobre o elenco:
Marcão segue soberano defendendo a meta alvinegra. O jogador é um daqueles que é a cara do clube que defende, adorado pela torcida, e, ao menos pelo que parece, adorador do clube também. Foi fundamental na decisão, defendendo um dos penâltis, cobrado pelo zagueiro Breno.
O zagueiro André Nunes, prata da casa, é um dos que estão voando em campo também, e provando o que sempre se notou mas nunca foi comprovado: sua qualidade. Além de ser um monstro defendendo, sua impulsão em bolas aéreas já lhe rendeu alguns gols na competição.
Cal, outro que sempre se identificou com o time do ASA, também jogador de Arapiraca, mais uma vez um dos melhores jogadores do elenco, e dessa vez com um diferencial, seus passes estão mais aprimorados.
Didira e Valdívia, mais dois pratas da casa, mais dois monstros em campo. Primordiais no esquema de Vica, mostrando seus valores.
O time encorpado mostra que é favorito ao título e, talvez, a chegada de um jogador centralizado que coloque a bola para dentro, possa dar mais força ainda ao time de Arapiraca.
Nos vemos nos próximos capítulos.
Twitter: @victorsilva_010